PRÁTICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO
ATIVIDADE Nº 2
O que aprendemos até aqui a respeito das notícias?
Uma série de pequenas notícias formam um conjunto, um trecho coerente e completo em si, uma grande notícia.
Cada notícia procura atuar sobre o leitor ou ouvinte, fazendo com que tome determinada atitude:
A crença: aceita a notícia como verdadeira (depois pode esquecer ou guardar de memória...).
Ou:
Sentimentos: participa dos sentimentos, deixa-se seduzir, envolver pelos sentimentos, encanto, mistério (poesia) que estão na notícia, quer seja verdadeira, quer seja fictícia.
Vamos aprender agora alguma novidade.
1ª NOVIDADE
A linguagem que encerra uma notícia é um período. O período que encerra uma notícia (crença ou sentimento) é chamado período declarativo (ou assertivo). O período declarativo (assertivo) pede aos outros comunicantes que aceitem a notícia (conjunto de fatos) ou como verdadeira (crença) ou que participem dos sentimentos.
O período declarativo termina por ponto final (.) ou por ponto de exclamação (!). Em todos os módulos até este momento, só exercitamos períodos declarativos e sempre exigimos no final o ponto; apenas uma vez, no módulo nº 06, apresentamos o ponto de exclamação no final do período declarativo:
Ria, que as lágrimas rolavam!
Na fazenda, os meninos comiam de ficar doentes!
Lembrete:
Nesses dois exemplos, a linguagem oral insiste prolongando a vogam i de ria e de comiam.
2ª NOVIDADE
O comunicante pode atuar sobre os outros, solicitando a informação se a notícia é verdadeira ou falsa: ele faz uma pergunta a que o outro deve responder se é verdade ou não. A verdade pode vir resumida na resposta sim (ou semelhante); a falsidade pode resumir-se na resposta não. Se o segundo comunicante não souber a resposta, há de responder com não sei ou não sabemos.
O período que faz a pergunta sobre a verdade ou a falsidade de uma notícia, pode ser chamado de período interrogativo.
Como se transforma um período declarativo (assertivo) em interrogativo?
PROCEDIMENTO
Na linguagem escrita: você substitui a pontuação final por ponto de interrogação.
Na linguagem oral: você muda o tom final para bem agudo, em vez de deixar o tom mais grave.
EXEMPLO
Período declarativo: Seu pai viajou a Londrina.
Período interrogativo: Seu pai viajou a Londrina?
Período declarativo: A moça chorava, de amolecer um coração de pedra!
Período interrogativo: A moça chorava, de amolecer um coração de pedra?
Observação: Na escrita, é fácil: você tira o ponto ou o ponto de exclamação e põe o ponto de interrogação.
Na oral (importante para a leitura): repare a diferença de voz, de tom de voz de cada período: no interrogativo (de sim ou não) o tom final é bastante agudo: o tom sobe muito no final.
Qual é a resposta possível?
Vejamos:
1ª resposta possível: – Sim. (Claro. Evidente. Viajou. Viajou, sim. Sim: viajou etc.)
2ª resposta possível: – Não. (De jeito nenhum. De modo algum. Não viajou. Não viajou, não. Não: não viajou. Que eu saiba, não etc.)
3ª resposta possível: – Não sei (sabemos).
Mas, repare neste caso:
Ou viajou (sim) ou não viajou.
– 4ª resposta possível: – Talvez.
Resposta de malandro (!), que não quer dar a informação. Novamente:
Ou viajou (sim) ou não viajou.
EXERCÍCIO Nº 5
Numere a segunda coluna pela primeira. 1 Período declarativo (assertivo). 2Período interrogativo.
1. Foi para casa, porque estava chovendo. 2 (1).
2. Foi para casa, porque estava chovendo? 1 (2).
3. Se fizer sol, você volta amanhã? 3 (2).
4. Se fizer sol, você vai ficar em casa. 4 (1).
5. São lindas as flores do seu jardim. 5 (1).
Observação:
Cuidado! A resposta do segundo comunicante pode ser verdadeira ou falsa. E não é a linguagem que revela a verdade ou a falsidade. Quem revela a verdade ou a falsidade é o nosso raciocínio ou o nosso conhecimento dos fatos.
EXEMPLO
– Curitiba é a capital do Paraná?
– Sim.
A resposta é verdadeira: conhecemos o fato de ser Curitiba a capital do Estado do Paraná.
– Florianópolis é a capital do Paraná?
– Sim.
A resposta é falsa, é mentira.
– O atual Presidente do Brasil se chama Pedro Álvares Cabral?
– Claro.
A resposta é falsa, mas um estrangeiro talvez não soubesse dizer se era verdadeira ou falsa. Poderia acreditar no informante mentiroso... para descobrir a verdade, poderia conferir a resposta em fontes diversas: jornais, revistas, livros ou outras pessoas…
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